Quem nunca sentiu uma dor tão grande e tão profunda que já não tenha pronunciado a frase:
- “Doeu tanto que fiquei paralisado, ou a dor era tão grande que nem doeu, ou ainda, doeu tanto que me calou, nem pude reagir!?
As dores tem um potencial de “trava”, umas mais fortes e outras menos potentes, porém a dor é sempre dor…
Me deparando com o potencial que esta pequena palavra tem, pude analisar minhas dores e tocando-as pude perceber que em alguns momentos, a dor foi tão grande e profunda que me calei, calei-me por falta de argumentos…
Há momentos que sofremos a fatalidade da dor não bater simplesmente a porta, mas adentrá-la arrombando as estruturas, ela chega rapidamente e como uma visita permanente senta-se no centro de nosso coração, se aloja, se instá-la de forma a desconfortar-nos e fica….
Até que nós corajosamente arranquemos de dentro de nós esta visita indesejável e se é visita uma hora tem que ir embora e saiba com nossa ajuda cedo ou tarde ela irá…
Não se pode curtir a dor, as perdas fazem parte da vida, mas permanecer na dor é desacreditar do amor, é minar o significado da vida…
Portanto quando estou passando por algum momento de dores intensas, as vivo, choro, me dou este tempo… É importantíssimo que tenhamos este tempo de descarregar, lavar o cano de nosso interior com nossas lagrimas, até que chegue a hora que decidimos fechar a torneira, a dor e seus motivos para doer permanecem ali, não irão embora sozinhas, é preciso não somente mostrar-lhe a porta é preciso empurrá-la para fora…
Falar da dor ajuda, mas as vezes falamos tanto de forma negativa que a tornamos forte e potente…
Chegou o dia, esta é a hora coloque a visita inoportuna para correr e tranque a porta, reforce-a com amor, cuidados de si e uma boa dose de coragem, ela é muito persistente tentará voltar e quem sabe ficará por muito tempo do lado de fora da porta, mas somente você terá a capacidade de deixá-la ou não entrar…
Não falo aqui da dor física simplesmente, esta também tem dia para chegar e para ir embora, esta requer também cuidados para que não volte… Mas falo aqui da dor da alma, de feridas causadas no interior que muitas vezes quem causa não tem a percepção do outro, nem sempre feri conscientemente…
Mandar a dor embora não se trata de mero perdão, é preciso sim perdoar, liberar o perdão é não manter quem nos feriu cativo dentro de nós, porém há dores que estão além do perdão e nem sempre o liberar o perdão a arrancará, então é preciso liberar o perdão a quem nos feriu e mandar a dor ir embora…
Mesmo que sua alma sinta hoje as feridas causas por dores e perdas, coloque os olhos do positivismo e veja que em cada dor o jardineiro da alma plantou a arvore da superação e a regou com doses de amor, porque é somente ele quem cura…
Não se deixe paralisar, arranque hoje com raiz e tudo o que te impede de caminhar, abra as janelas deixe o sol entrar e caminhe rumo ao novo, porque todo fim é um começo…
Não fique esperando que alguém venha fazer florir sua alma, ao contrário dê hoje uma boa limpeza arrancando dela o que não a deixa florir e alimente o que gera vida…
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